Dulci diz que governo já foi julgado pelas urnas e recebeu aprovação consagradora

29/08/2007 - 15h14

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro-chefe daSecretaria-Geral da Presidência da República, LuizDulci, afirmou hoje (29) que o acolhimento pelo Supremo TribunalFederal (STF) da denúncia da Procuradoria-geral da Repúblicacontra os 40 envolvidos no esquema do mensalão “nãotem nada a ver com o governo e nem significa um julgamento do governodo presidente Lula”. Dulci afirmou que ogoverno Lula foi julgado nas últimas eleições e“recebeu uma aprovação consagradora do povobrasileiro”.“O governo já foi julgado nas urnas,democraticamente, e recebeu uma aprovação consagradorado povo brasileiro. Esse é o julgamento na democracia. Quemjulga politicamente não são as pessoas, ainda que asopiniões sejam todas respeitadas. Quem julga na democracia éo povo soberano. O povo soberano reelegeu consagradoramente opresidente Lula”, afirmou, após participar do lançamentodo Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos deDesenvolvimento do Milênio 2007, no Palácio do Planalto.Dos 40 denunciados, estão três ex-ministros doprimeiro mandato do presidente Lula: José Dirceu, ex-chefe daCasa Civil; Luiz Gushiken, ex-chefe da Secretaria de Comunicação;e Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes. Dirceu foi denunciadopor corrupção ativa e formação dequadrilha; Gushiken por peculato e Adauto por lavagem de dinheiro ecorrupção ativa."Isso não tem nada aver com o governo. A decisão do Supremo é de abrirprocesso contra pessoas individuais”, disse Dulci. Segundo ele, nãocabe a um ministro de Estado comentar as decisões da instânciamáxima do Judiciário. “A decisão foisobre os autos e não havia nada sobre o governo do presidenteLula em exame”.Indagado se as decisões do STFdeverão integrar a pauta do 3º Congresso do PT nestefinal de semana, em São Paulo, Dulci disse que o partidodiscutirá assuntos que interessam à maioria dapopulação, como inclusão social e geraçãode emprego.“É compreensível que a oposiçãoqueira impor sua pauta ao PT, mas é compreensíveltambém, e desejável, que o PT discuta os problemas queinteressam à maioria da população. Condiçãode vida, qualidade de vida, inclusão social, geraçãode emprego, esses são os problemas que interessam àmaioria da população. Se tem um processo aberto peloSupremo, que ele tramite, que as pessoas tenham pleno direito dedefesa, e no momento oportuno, a Corte tomará sua decisão”,disse.De acordo com o ministro, o presidente Lula deveráparticipar da abertura do encontro do PT na noite de sexta-feira(31).