Consórcio social da juventude do ABC paulista insere 74% dos jovens no mercado de trabalho

25/08/2007 - 17h35

Tatielly Diniz
Repórter de a Voz do Brasil
Brasília - A meta do governo para os jovens entre 16 e 24 anos que passam pelos Consórcios Sociais da Juventude para aprender uma profissão é que pelo menos 30% deles saiam do curso com algum trabalho. Segundo o Secretário de Políticas Públicas de Empregodo Ministério do Trabalho eEmprego (MTE), Antônio Sérgio Alves Vidigal, o programa tem superado metas em algumas regiões, como o chamado ABC paulista (as cidades de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano). Lá, "onde eles capacitaram 1847jovens e inseriram 1367, o resultado atingiu 74%”, comemora. Em várias regiões do paísexistem consórcios em andamento, como no estado de Minas Gerais e nascidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Aracaju e Goiânia. “O grande sucesso foi por que na elaboraçãodo consórcio as instituições qualificaram os nossos jovens baseados nademanda do mercado. Isso permitiu que pudesse ter uma absorção muitomaior do que a meta de 30%”, afirma. Vidigal conta que 23 empresasfirmaram convênio com o consórcio.Vinicius Andrade foi aluno no ABC paulista. Depois deseis meses de curso conseguiu trabalho em uma fotocopiadora. Eleaconselha os jovens que queiram participar do programa. “Eu diria paraele acreditar no programa, que é muito sério, acreditar nele mesmo quetodo mundo tem potencial e se dedicar bastante”, afirma. Andradecomenta ainda sobre a dedicação que o jovem apto a participar doprograma deve ter. “O programa é muito bom, mas jovem tem que fazer aparte dele e se interessar pelo programa também”, conclui.O Secretário de Políticas Públicas de Emprego tambéminformou que o governo prepara uma série de ações voltadas para ainserção do jovem no mercado de trabalho. A pedido do presidente Lula,as novas políticas devem contar com a integração de vários ministériose devem ser lançadas no mês que vem.“O presidente Lula solicitou quenós trabalhássemos um programa que integrasse todas ações da esplanadado Ministério. Especificamente para a juventude que se encontra emvulnerabilidade social”, diz o secretário. Vidigal conta que foi feitoum estudo prévio sobre a situação de jovens desempregados no país. “OBrasil tem hoje 50 milhões de jovens uma estatística muito alta, temos6,5 milhões de jovens desempregados e 4,5 milhões de jovens que nãotemo ensino fundamental completo”, afirma.O secretário diz que deve ser trabalhado também oaumento da escolaridade. “A preocupação do presidente é a gentetrabalhasse a qualificação profissional, mas também a elevação daescolaridade em conjunto e que nós colocássemos em prioridade essapopulação que é atendida pelo bolsa família”, argumenta. Vidigal afirma que a faixa etária será estendida até os 28 anos. Ele explica que quem quiser participar dos consórcios sociais dajuventude deve procurar a prefeitura da sua cidade para saber se existeparceria do Ministério do Trabalho com alguma entidade local.