Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O desafio para o Brasil, atualmente, é de "crescimento com índices mais robustos", disse na noite de hoje (22) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em discurso na solenidade de entrega do Prêmio de Excelência Empresarial da Fundação Getúlio Vargas. "Por isso, o governo está fazendo todo o esforço em torno do Programa de Aceleração do Crescimento [PAC]", explicou. Segundo o ministro, alguns problemas, como uma legislação "que ainda precisa ser aperfeiçoada" e a burocracia excessiva, dificultam a implementação do PAC. "Temos ainda, de fato, muitos fatores que travam o processo de construção de infra-estrutura, mas não tenho dúvida de que, se o governo mantiver – e vai manter – a sua determinação, nós vamos tocar o PAC com a visão de que ele não é uma coisa absolutamente suficiente", disse.Paulo Bernardo acrescentou que "o PAC é uma espécie de catalisador: uma parte dos recursos é investimento público e precisamos também criar condições para que a iniciativa privada faça a sua parte".Sobre a crise na economia mundial, o ministro afirmou que o Brasil não deve sofrer muitos abalos e que deve manter a taxa de crescimento na faixa de 5%. "Hoje nós temos um quadro onde a inflação é baixa e não temos nenhuma expectativa de mudança de patamar de inflação. Temos reservas de dólares robustas. Temos um quadro onde as regras hoje são reconhecidamente estáveis. Não há nenhuma perspectiva de que o governo proponha mudar isso", disse.