Zuanazzi diz não temer investigação na Anac

22/08/2007 - 17h46

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse hoje (22) que não teme investigações. Ele participou da audiência pública em que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, comunicou que vai abrir processo contra funcionários da agência por causa da atuação deles na polêmica sobre a utilização da pista do Aeroporto de Congonhas."Não tenho problema nenhum em ser fiscalizado, nenhum mesmo. Faço até questão muitas vezes, porque é o que vai julgar a verdade, julgar a honestidade da gente", afirmou. "Evidentemente, um processo administrativo vai limpar essa situação, vai esclarecer isso. Por isso, não tenho nada contra."Na Comissão de Infra-estrutura do Senado, Jobim prometeu abrir processo disciplinar administrativo para apurar o motivo de uma norma técnica, mesmo sem ter sido aprovada pela Anac, fazer parte do argumento de defesa contra a proibição de alguns tipos de aeronave na pista de Congonhas.Durante sua fala na comissão, Zuanazzi disse que é preciso separar o joio do trigo, já que a norma em questão, embora tenha sido incluída na argumentação a favor do uso da pista, tratava especificamente da possibilidade de operar um avião mesmo com o reverso quebrado. "Evidentemente, entrou [na defesa] um documento que não tem nada a ver com o tema da ação judicial. O que se discutia era o fechamento de Congonhas até as obras [reforma da pista]".Ele acrescentou ainda que a tragédia da TAM ocorreu com um avião (Airbus A320) que não estava entre aqueles que se tentou proibir de pousar em Congonhas. “A decisão judicial era para 737-700, 737-800 e Fokker-100, então juntar essas coisas é injusto".No início do ano, a Justiça Federal de São Paulo proibiu que essas três categorias de aeronaves usassem Congonhas. A Anac e a Infraero recorreram da decisão e conseguiram a liberação.