Padrão de TV digital que será usado no Brasil está sendo promovido na América do Sul, diz ministro

22/08/2007 - 16h54

Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O sistema de TV digital brasileiro está sendo promovido em toda América do Sul, informou hoje (22) o ministro das Comunicações, Hélio Costa. Segundo ele, uma equipe japonesa que fez parte dos estudos do projeto brasileiro está hoje na Argentina e estará na próxima semana no Chile e em outros países para mostrar o padrão nipo-brasileiro. “Não vão mostrar o padrão japonês, mas vão mostrar o padrão que nós criamos aqui no Brasil”, avisa o ministro.Durante cerimônia de abertura do Congresso de Tecnologia de Rádio e Televisão, realizado pela Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET), Hélio Costa afirmou que foi feita uma discussão pública ampla e que as mais importantes instituições de pesquisa do país foram convidadas para participar, discutir e estudar o procedimento técnico que o governo deveria adotar no Brasil.“Nós pegamos o melhor de cada sistema. Nós pegamos o melhor sistema de modulação que é do sistema japonês. Nós pegamos a compressão de vídeo do sistema europeu, que é o melhor. Nós pegamos a compressão de áudio do sistema americano. Fizemos na verdade o Sistema Brasileiro de TV Digital”.A partir de 2 de dezembro as emissoras sediadas em São Paulo começam as transmissões com sinal digital. “Em janeiro ou fevereiro do ano que vem, queremos estar no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. Até junho, em todas capitais e, em dezembro, nós chegamos praticamente em todas as cidades maiores”. Segundo o ministro, a partir de 2008, provavelmente poderão entrar no sistema digital todas as demais cidades que estiverem em condição.Segundo o ministro, R$ 67 milhões foram liberados pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) para implantação da TV digital no Brasil e a única restrição feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi em relação ao alcance. “Para o presidente a TV digital do Brasil não podia ser uma TV elitista. Tinha que ser uma TV capaz de chegar a todos os receptores hoje existentes em todo território nacional de forma aberta e livre de custos”, afirmou Costa.