Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aodefender o ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores DelúbioSoares, o advogado Arnaldo Malheiros disse que a denúnciacontra seu cliente não se sustenta, "pela falta de fatos ede elementos materiais”. SegundoMalheiros, a quebra do sigilobancário de Delúbio só mostrou que ele é"um homem pobre, homem de vida modesta".
Oadvogado afirmou que o procurador-geral da República, AntônioFernando de Souza, cometeu um equívoco ao acusar Delúbio por formaçãode quadrilha. “Não se pode considerar quadrilha associaçãolícita pré-existente à cometimento de qualquercrime. Não é possível afirmar que os partidos ouas empresas se associaram para cometer crimes”, afirmou.
SegundoMalheiros, a acusação contra Delúbio levou emconta apenas indícios preliminares, o que demonstra “soberba”do procurador. “Não pode ser assim, é preciso que[os indícios] sejam factíveis”.
Ao falar da acusação de corrupção ativa, oadvogado afirmou que não há provas contraseu cliente. “As grandes votações que o governo teveforam com votos da oposição. Os partidos da basealiada votaram contra. Portanto, a denúncia éimprestável para dar início a uma açãopenal".
Malheiros também citou gráficos doCongresso Nacional que mostram que “quanto mais dinheiro entrou,menos apoio o governo recebeu”.