Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil detém a sexta maior reserva de urânio do mundo e é um dostrês países que dominam todo o ciclo nuclear. Por isso, não pode abrir mão da energia nuclear paragarantir o abastecimento energético necessário ao crescimento econômico e aoatendimento do consumo da população.A avalição é do presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro da Silva, que participou hoje (22) do 2º Seminário deEnergia Elétrica e Crescimento."Dominamos todo o ciclo do urânio, assim como o do petróleo.Do ponto de vista da energia nuclear, apenas Estados Unidos e Rússiatêm situação semelhante: dominam o ciclo atômico e possuem reservas paraatender à própria demanda. Este é um diferencial e uma grande vantagem queo país não pode ignorar”.De acordo com Silva, o urânio respondepor 47% das reservas energéticas não-renováveis totais do país (atual eestimada), superando o petróleo (30%) e o gás natural (23%).“Temos a sexta maior reserva mundial de urânio, embora tenhamos prospectado apenas 30% donosso solo. Elas somam 309 mil toneladas equivalentes de petróleo, o queequivale a 238 anos de funcionamento do Gasbol [gasoduto Bolívia-Brasil] e odobro das reservas atuais de gás da Bolívia”.Ele disse, ainda, que o Brasildeverá implementar de quatro a oito novas plantas nucleares nas próximas duasdécadas, o que agregará entre quatro a oito mil megawatts de energia ao sistemaentre 2016 a 2030.Segundo Silva, entre 2007 e 2030, a energia nuclear deve aumentar em até 68% em todo o mundo.