Amanda Mota
Repórter da Agência Brasil
Belém - A construção de uma página eletrônica na rede mundial de computadores promete divulgar e estimular ainda mais a produção de peixes, camarão de água doce, açaí, artesanato e muitos outros produtos que estão sendo gerados no interior da Amazônia com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaveis (Ibama).Trata-se da Rede Virtual de Produtos e Serviços da Várzea, uma iniciativa planejada pelos beneficários do Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea (PróVárzea), realizado pelo Ibama desde o ano 2000.De acordo com o coordenador do PróVárzea, Marcelo Raseira, a idéia é fazer uma vitrine virtual dos produtos florestais que ganharam força em 38 cidades do Amazonas e Pará, em função do apoio que seus produtores receberam do projeto. Além disso, explica, os produtos poderão também ser comercializados e complementar ainda mais a renda das mais de 115 mil pessoas beneficiadas diretamente com a ação.Raseira informa ainda que, para trazer força e apoio a este planejamento, eles entrarão em contato com a Universidade Federal do Amazonas (Ufam)."A proposta será enviada ao reitor da Ufam para que eles possam nos ajudar sendo, inclusive, incubadores da rede e também, de alguma forma, aproveitando os pesquisadores que estão no meio acadêmico", explica Raseira.O PróVárzea é um projeto que incentiva e estimula moradores que vivem em aŕeas alagadas pelas cheias (Várzea) ao longo do ano a extrair da floresta os meios e os produtos necessários para sua alimentação e também para seu sustento, com  atenção especial à preservação ambiental.Desde que foi implantado, o projeto já beneficioui direta e indiretamente milhares de ribeirinhos, pescadores, indígenas, artesãos e outros profissionais que puderam organizar suas atividades a partir dos recursos e treinamentos recebidos. Todos os subprojetos apoiados pelo PróVárzea atuam em quatro eixos temáticos: manejo dos recursos florestais, manejo dos recursos pesqueiros, fortalecimento institucional (para que as associações beneficiadas ganhem força e busquem outros apoios) e agropecuária.Dados do PróVárzea revelam também que somente nas áreas de várzea do Amzonas e Pará vivem cerca de 1,5 milhão de pessoas, que têm na pesca, agropecuária e atividade madeireira sua principal fonte de renda.