Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou hoje (20) que oBrasil não teme os efeitos da crise financeira que atinge omercado imobiliário dos Estados Unidos nas últimassemanas, com reflexos negativos nas bolsas de valores em váriospaíses. Em seu programa semanal de rádio Cafécom o Presidente, Lula disse que o Brasil tem a “preocupaçãonatural de um país emergente”. Deacordo com o presidente, o país está tranqüilo porque fez alição de casa, o que possibilitou que atingisse na áreaeconômica um índice de maturidade tão grandeque a seriedade não é mais uma coisa eventual, umcomportamento eventual, e sim uma coisa definitiva.“OBrasil não vai retroceder. Este país é um paíssério, é um país governado com seriedade, nósaprendemos a fazer a lição de casa. Ou seja, quandomuitos ficavam gritando pela imprensa que nós deveríamosgastar, nós preferimos economizar e hoje nós temos aestabilidade macroeconômica necessária, as reservasnecessárias pra gente dizer: a crise que estáacontecendo não vai afetar o Brasil”, disse. Deacordo com o presidente, as reservas do Brasil chegam a US$ 160bilhões. “Nós estamos tranqüilos. Significa quenós temos segurança pra eventual especulaçãofinanceira”. Lula afirmou que apesar dos que “parecem torcer paraas coisas não darem certo”, o Brasil não estácom medo da crise.“Apesarde ficar lendo, ficar ouvindo, parece que têm algumas pessoasque torcem para as coisas não darem certo no Brasil, pareceque têm pessoas que torcem para que a desgraça aconteçanesse país - ou seja, o dado concreto é o seguinte: oBrasil não está com medo dessa crise”. Trata-sede uma crise “ eminentemente americana”, na avaliaçãodo presidente. “É uma crise do setor imobiliárioamericano, ou seja, de alguns fundos que compraram títulospensando em ganhar muito dinheiro, sabe, de terceira categoria nosEstados Unidos. Então, na hora em que os Estados Unidos resolveremo seu problema não terá problema no mundo”.