Energia pode ficar mais cara sem hidrelétricas do Rio Madeira, diz diretor da Aneel

20/08/2007 - 17h10

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),Jerson Kelman, disse hoje (20) que a energia elétricapoderá ficar mais cara, caso as hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, não sejam construídas. “Vamos ter energiamuito cara, se não sair o Madeira [hidrelétricas deSanto Antônio e Jirau]", afirmou Kelman, ao participar daabertura do 13° Simpósio Jurídico da AssociaçãoBrasileira de Concessionárias de Energia Elétrica.Ele informou que a construção das hidrelétricas deve ir até 2013. Se, "numa hipótesecatastrófica", a Justiça suspendesse a obra, "estaríamos fadados a procurarfazer leilões de compra de energia [de termelétricas], como o último agora, que éde óleo combustível”, acrescentou. Kelman não precisou o valor que poderia ser cobrado do consumidor, mas informou que ocusto médio da energia termelétrica é de R$ 400por megawatt. “Se há aumento da participação de térmicasna matriz energética, elas passam a ser mais freqüentementetaxadas, então, o custo para o consumidor cresce”.  Ele disse também não teme que o leilão para construção da Usina de Santo Antônio seja suspenso por meio de liminares. Para Kelman, é improvávelque isso aconteça. “Hoje o país está maisconsciente de que essa guerrilha de liminares custa muito caro aopaís, tanto em termos econômicos como ambientais.” A licença prévia para a obra das duas usinas foi concedida em julho deste ano,  e o leilão para a de Santo Antônio deve sair em outubro. O leilão da usina de Jirau deve ser realizado no iníciodo próximo ano.Perguntado sobre apossibilidade de faltar energia a partir de 2011, caso ogoverno não consiga construir novas usinas até essa data, Kelman afirmou que existemalternativas para o problema.