Delegados da PF rechaçam "insinuações que alimentam boataria" sobre grampos ilegais no STF

20/08/2007 - 11h57

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal rebateu, em nota, reportagem publicada pela revista Veja desta semana que mostra suspeitas de ministros do Supremo Tribunal Federal de que haveria grampos em seus telefones. Sem apresentar provas, a reportagem levanta a suspeita de que os grampos seriam instalados por pessoas ligadas à Polícia Federal, uma "banda podre" da corporação."Dada a gravidade das denúncias, seria de se esperar que ao menos dessem nomes aos bois", afirma a nota. "A tal 'banda podre' da PF, que se saiba, não é uma banda, são focos que vêm sendo combatidossistematicamente pela corporação. E focos de podridão não são exclusividade da PF', diz a nota.O comunicado ainda reclama da falta de provas dos grampos e diz que não se pode "alimentar a boataria com insinuações". O texto conclui afirmando que a Polícia Federal "não persegue pessoas, investiga crimes".Também por meio de nota, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu investigação e afirmou que é preciso "uma resposta clara" para o caso. "Esclarecendo definitivamente que o lado defendido pela Constituição Federal é o Estado Democrático de Direito e jamais o Estado Policial. "O Judiciário independente pressupõe a ausência de qualquer interferência externa, especialmente do aparelho estatal encarregado da atividade policial", disse o presidente da OAB, Cezar Britto, por meio de nota.