Brasil não explora potencialidade do mercado asiático, avalia diplomata

20/08/2007 - 16h03

Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A Ásia é um potencial não explorado para o comércio exterior e os exportadores brasileiros, avalia o diretor do Departamento de Negociações Internacionais do Ministério das Relações Exteriores, Evandro Didonet. Ele participou, hoje (20) em São Paulo, do seminário de abertura e início das atividades da 3ª Reunião Ministerial do Foro de Cooperação América Latina – Ásia do Leste que acontece em Brasília nos dia 22 e 23 de agosto e deve reunir representantes de 33 países latino-americanos e do Pacífico Ocidental.Em 2002, a Ásia representava 14,5% das exportações brasileiras. Hoje, representa 15,1% das exportações brasileiras. Isso mostra que o crescimento das exportações do Brasil para a Ásia tem essencialmente seguido o mesmo padrão de crescimento global das exportações brasileiras. "Isso não é coerente com o crescimento econômico da Ásia, na medida em que a Ásia é a região mais dinâmica do mundo seria de se esperar que a participação da Ásia no total das exportações brasileiras estivesse aumentando, mas não estão", disse Didonet.O diretor disse ainda que o Brasil tem expectativa de que seja possível concluir ainda este ano a Rodada Doha, série de negociações em curso na Organização Mundial do Comércio (OMC). Segundo Didonet, as negociações serão retomadas nos meses de setembro e outubro em Genebra."Para o Brasil, a conclusão da Rodada Doha é, neste momento, a prioridade de política comercial. Para América Latina e a Ásia Doha é essencial. O pós-Doha abrirá uma nova situação e o Mercosul nesse novo cenário estará muito atento ao que poderá fazer em relação a Ásia.”Entre hoje e amanhã (21), simultaneamente ao seminário de São Paulo, estão programados seminários e encontros empresariais em Brasília, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. A agenda dos seminários prevê temas como os desafios de integração da América Latina, agroenergia, investimentos asiáticos no continente, vias interoceânicas e o comércio internacional pós Rodada Doha.