Projeto inclui alunos com deficiência nas aulas de educação física

19/08/2007 - 9h58

Luiza Bandeira
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) vemdesenvolvendo desde o ano passado o projeto Paraolímpico do Futuro, quetem por objetivo incluir nas atividades da educação física os alunoscom deficiência das escolas públicas de todo o país. De acordo com opresidente do CPB, Vital Severino Neto, é grande o número de alunos queficam de fora das atividades esportivas porque os professores não estãopreparados para trabalhar com eles na prática do esporte adaptado.Para reverter esse quadro, o CPB vem fechandoparcerias  com governos estaduais e municipais. Segundo Vital, o projeto levainformações aos professores de educação física para orientá-los sobrecomo lidar com alunos com deficiência e incentivá-los na práticaesportiva.“O Paraolímpico do Futuro, nessa primeira etapa,está abordando levar a informação ao professor de educação física queestá lotado na escola. Então, a idéia é exatamente instrumentalizaresse professor com o mínimo de informação indispensável para que ele,ao se deparar com um aluno matriculado na sua escola, ou na sua cidade,com algum tipo de deficiência, esse professor tenha, pelo menos,condições de dar acessibilidade a esse aluno na prática física e naprática esportiva”, disse. De acordo com o presidente do CPB,Vital SeverinoNeto, em menos de um ano, mais de mil profissionais, das cinco regiõesdo Brasil, participaram do programa, inclusive estudantes de Educação Física. A estudante de Educação Física Roberta Felix,moradora da cidade de Quixadá (CE), participou docurso. Estagiária numa escola da rede municipal, ela conta queos professores tinham dificuldades para lidar com os alunos comdeficiência e incluí-los nas atividades. “Depois do curso a gente viu maneiras corretas de setrabalhar com eles, a gente começou a ver que, por terem deficiência,não é obrigado que eles não façam as atividades. Muito pelo contrário.Tem atividades que a gente pode adequar para eles, e eles podemtrabalhar normalmente junto com crianças que não possuem deficiência”,afirmou Roberta, que participou do projeto em junho do ano passado.A estudante  conta que uma dasmaiores dificuldades era a de incluir um aluno comdeficiência visual na prática do futsal. Durante o seminário, osprofissionais do Paraolímpicos do Futuro deram uma idéia simples: comoa escola não pode comprar uma bola com guizo, eles colocaram a boladentro de um saco plástico. Dessa maneira, o aluno pode escutar e sabera direção da bola.