Nadadores brasileiros do Parapan já planejam Paraolimpíadas

19/08/2007 - 0h27

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Depois de conquistarem 108 medalhas nos JogosParapan-Americanos do Rio, os nadadores brasileiros estão de olho nasParaolímpiadas de Pequim, na China, em 2008. O coordenador da equipe, MuriloBarreto, disse que o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) realizará treinamentos para incentivar os atletas. Os locais ainda não foram definidos. No ínicio do próximo ano, ocorrerão asseletivas para as Paraolímpiadas. A expectativa do técnico é conseguir 15 vagaspara o Brasil na competição."A gente viu os atletas que têm mais chancesde brigar por uma medalha em Pequim. O Comitê Paraolímpico Brasileiro estácriando semanas de treinamento para incentivar e fazer análises clínicas,exames laboratoriais", disse o coordenador. Nas Paraolímpiadas de Atenas, em 2004, oBrasil conquistou 11 medalhas. Para este ano, estão previstas ainda etapas doCircuito Caixa de Natação e um torneio com a participação de nadadoresestrangeiros no Rio de Janeiro, em setembro. A natação contou com a maior equipe dadelegação brasileira, com 60 atletas, porém três caíram na piscina por falta deadversários. O grupo conseguiu também o maior número de medalhas para o Brasilpor equipe, 108 no total, sendo 39 de ouro, 30 de prata e 39 de bronze. Asúltimas finais ocorreram ontem (18) no Parque Aquático Maria Lenk, emJacarepaguá. No Parapan de Mar Del Plata, na Argentina, em 2003, foram 96medalhasEstreante em um Parapan, o paulista IsidoroMazotini conquistou três medalhas de bronze nos 100 metros livre, 400 metroslivre e 50 metros livre da categoria S8 (classificação para nadador comdeficiência físico-motora). "Foi uma supresa ganhar três medalhas debronze em uma competição de nível alto como foi o Parapan-Americano",disse. Agora, ele pretende intensificar otreinamento em sua cidade natal, Campinas (SP), para garantir uma vaga em Pequim."Já treino cinco vezes por semana e vou treinar seis vezes em doisperíodos", destacou Isidoro, que tem atrofia nos membros inferiores ecompete há dois anos. Indagado se aausência da equipe principal dos Estados Unidos nos jogos afetou o nível técnico das provas, otreinador Murilo Barreto garantiu que o Brasil iria brilhar mesmo se osprincipais nadadores norte-americanos tivessem comparecido. "Os atletas, principalmente do Brasil,quebraram recordes mundiais, o que significa ser o melhor do mundo. Se algunsamericanos tivessem vindo, não ia mudar isso. O Clodoaldo ia ganhar, o AndréBrasil, o Luiz Silva, o Adriano Gomes, a gente tem muitos atletas. O Brasil éuma potência na natação paraolímpica", ressaltou.