Senador diz que ex-presidente da Infraero era “a parte boa, honesta e técnica” da empresa

06/08/2007 - 0h56

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após se reunir durante cercade meio hora com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, o relator da CPIda Crise Aérea do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO),comentou a saída do presidente da Empresa Brasileira deInfra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), brigadeiro JoséCarlos Pereira, que será substituído pelo atualpresidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), SérgioGaudenzi.

Em entrevista à imprensa osenador disse que Pereira era “a parte boa, honesta e técnica”da Infraero e defendeu mudanças na diretoria da empresa. “Achoque a Infraero precisava de uma grande limpeza. O único dessesdiretores que não estava envolvido, não acusado decorrupção, era justamente o presidente [JoséCarlos Pereira]”.

O senador disse que Jobim garantiuque o novo presidente da Infraero terá carta branca paratrocar a diretoria da empresa. “[Jobim] Falou, em relaçãoà Infraero, que ele vai dar carta branca ao novo presidente eé óbvio que carta branca implica [significa que]quem chega quer mudança.

Demóstenes Torres evitoufazer comentários sobre o novo presidente da Infraero, masafirmou que é preciso dar crédito a ele.

“Quanto a nomes, eu nãoopino, porque não pertence ao governo. Só acho que nomeio de um antro, digamos assim como é hoje – pelasinvestigações que fizemos, o Ministério Público,o TCU – o antro que é a Infraero [o ministro] tem quetomar medidas seriíssimas. A parte mais honesta que tinha láé o brigadeiro J. Carlos, que foi mandado embora.”

O relator disse que a audiênciaque teve com Nelson Jobim foi pedida há duas semanas, paraentregar ao ministro dois relatórios já elaborados pelaCPI, um com as causa do acidente do avião da GOL, em 29 desetembro de 2006, e outro sobre as causas do chamado apagãoaéreo que começou com o acidente da Gol e jádura mais de dez meses.