Lula defende critérios técnicos na liberação de recursos para habitação e saneamento

06/08/2007 - 6h36

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou,no seu programa semanal de rádio Café com o Presidente, que aliberação de recursos para obras de saneamento básico e habitaçãoprevistos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) obedecerácritérios exclusivamente técnicos. Segundo o presidente, R$ 106 bilhões serão destinados ao setor de habitação e outros R$ 40 bilhões serão investidos em saneamento básico."O critério é eminentemente técnico, ou seja, eunão quero saber se o prefeito é do PFL (Democratas), do PT, do PMDB, doPSDB, do PTB, do PT, do PCdoB. Eu quero saber se naquela cidade tem ascondições técnicas que permite que este dinheiro seja aplicado e se temo processo de necessidade da população", afirmou o presidente.Na opinião de Lula, "poucas vezes" políticosbrasileiros preocuparam-se com obras de saneamento básico porque nãodaria votos. "Para fazer saneamento básico, tem que cavar um buraco,enfiar o tubo e tapar o buraco. Ou seja, significa que é uma obra quevocê não pode colocar uma placa, você não pode colocar o nome de umparente, ou seja, e isso, muitas vezes, na cabeça de muitos políticosbrasileiros não dá voto." Lula ressaltou que todo o país será beneficiadocom os investimentos em saneamento e habitação. Estas obras contam coma parceria de estados e municípios. O presidente disse que ao retornarda viagem à países da América Central e Caribe, assinará uma série deprotocolos com os governadores e prefeitos do Paraná e Rio Grande doSul. A prioridade será a realização de obras nasregiões metropolitanas de grandes centros urbanos, anunciou opresidente. Segundo ele, é nestes lugares que se encontra "o maiorproblema de degradação da moradia, degradação da estrutura familiar,violência, crime, narcotráfico". A expectativa do governo federal, deacordo com Lula, é que até fevereiro as obras estejam licitadas e emandamento.Estas obras só serão concluídas em 2010. Apesardisso, o presidente considera que a população sentirá os reflexos acurto prazo. Sua expectativa é que a geração de empregos, com oincremento do setor da construção civil, e a melhoria na qualidade devida sejam percebidas de imediato. "Ela vai ter uma rua mais limpa, elavai ter coleta de esgoto, ela vai ter água potável, ou seja, vaimelhorar os dentes das pessoas, vai melhorar a saúde das crianças, oque é mais importante, vai diminuir a mortalidade infantil."