Instituto quer estimular iniciação cientifica em jovens da rede pública de ensino

31/07/2007 - 19h14

Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Brincarde ser cientista e aprender se divertindo é a proposta do projeto de iniciação científica desenvolvidopela Escola de Educação Científica do InstitutoInternacional de Neurociências de Natal. A idéia é estimular crianças de 11 a 15 anos de idade a utilizar a ciência como um agente de transformaçãosocial em regiões carentes do país.Interessado em levar a iniciativa a outros municípios brasileiros, opresidente do instituto, Miguel Nicolelis, sereuniu hoje (31) com o ministro da Educação, FernandoHaddad. Além de expandir o projeto deeducação científica para crianças da redepública, a intenção é promover a capacitaçãode professores. Segundo Nicolelis, é possível realizar uma ação“ousada e ambiciosa” fora do Sul do país, onde concentram-se os centros tradicionais de pesquisa.“Depois do horário escolar, a criança vem paraa nossa escola e passa a ter contato com conceitos de geometria,matemática, física e química criando robôs,trabalhando com informática, trabalhando em laboratóriosde química, biologia e astronomia", explica. "Com isso, ela aprende matemáticasem perceber e passa a entender a razão pela qual issoé importante”.Segundoele, a Escola de Educação Científica do instituto atende 600 alunos de escolas públicas, devendo chegar a mil estudantes atédezembro. Nos próximos anos, a meta é atender a um milhão de crianças em todo o Nordeste, o que exigiráum investimento de R$ 140 por aluno.OInstituto Internacional de Neurociências de Natal teve investimentos de cerca de R$ 25 milhões, entre recursos dogoverno federal e de instituições privadas do Brasil edo exterior. A unidade tem laboratórios de física,química, biologia, informática e oficinas de ciênciae tecnologia, história e robótica.