Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OBanco Central divulgou hoje (19) as novas faixas de correçãoda Taxa Referencial (TR), o índice adotado para a caderneta depoupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço(FGTS). Em março, oConselho Monetário Nacional havia modificado as regras para ocálculo da TR, ampliando o redutor aplicado na formula. Aintenção era garantir que os rendimentos da poupançanão superem os dos fundos de investimento, o que levaria a umamigração dos aplicadores.A TR é calculadacom base na rentabilidade média dos Certificados de DepósitoBancário (CDB) e dos Recibos de Depósito Bancário(RDB) com prazo de 30 a 35 dias corridos, emitidos por uma amostracomposta pelas 30 instituições financeiras com maiorvolume de captação desses papéis. O redutor éaplicado sobre essa média, chamada de Taxas BásicasFinanceiras (TBF).Na reunião demarço, o Conselho definiu faixas para TBF acima de 11% ao ano,mas como o índice já está em 11,097%, serianecessário estabelecer o redutor para parâmetrosinferiores a 11%. Essa definição cabe ao Banco Centrale foi feita por meio da circular divulgada hoje.O redutor ficou em 0,32para TBF na faixa entre 13% e 11% ao ano e na faixa entre 11% e10,5%; em 0,31 para a faixa entre 10,5% e 10%; em 0,26 entre 10% e9,5%; e em 0,23 para a faixa entre 9,5% e 9% ao ano. Os parâmetrosgarantem que a TR não será negativa, mesmo nos casos emque seja pequeno o número de dias úteis do períodode cálculo. Além da poupança e do FGTS, a TRtambém fixa o valor a ser pago nos contratos de financiamentoda casa própria.A nota em que o BCanuncia as novas faixas afirma ainda que "as captaçõeslíquidas da caderneta de poupança têm crescidodesde o segundo semestre de 2006”. E que “desde março,quando houve mudança no cálculo do redutor da TR, ocrescimento nas captações se mantém".