Luziane Ximenes
Da Agência Brasil
Brasília - O Aeroporto Internacional de Congonhas estácom número de pousos e decolagens alto para a sua capacidade,e sua estrutura tem que ser melhorada o mais rápido possível.A avaliação é do pesquisador da Coordenaçãodos Programas de Pós-graduação de Engenharia(Coppe/UFRJ) Vladimir Lima da Silva.Para o pesquisador, ofechamento do aeroporto deve ser descartado, mas é preciso umpreparo melhor para atender o número de aeronaves noaeroporto. O fechamento foi pedido pelo Ministério PúblicoFederal ontem (18).Segundo Silva, 32,8% dos vôos da companhiaaérea TAM e 25% dos vôos da Gol passam por Congonhas.Ele diz que isso acarreta várias consequências nocontrole de tráfico aéreo e infra-estrutura.“Éum aeroporto que está recebendo uma concentraçãoenorme de vôos. Isso tem de ser visto pelo poder público,que está deixando as empresas operarem dessa forma. O poderpúblico tem que dar melhores condições para ainfra-estrutura aeroportuária”, disse, em entrevista àRadio Nacional.Eledefendeu a necessidade do grooving (ranhuras na pista, paraescoar água e facilitar a frenagem das aeronaves) nas pistascomo um elemento importante para a segurança. “Acredito quenão houve nesse acidente nenhum problema com relaçãoas ranhuras [isto é, à falta delas na pista principal]”, ressalva.Na avaliação do pesquisador daCoppe, a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(Infraero) priorizou obras para o conforto do passageiros, quando omelhor seria atender as questões de segurança.