Petterson Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O diretor de Antropologia do Instituto Médico Legal (IML), Mario Jorge Tsuchiya, esclareceu hoje (19) que os 168 registros de entrada no instituto não representam, necessariamente, 168 vítimas. o motivo é que cada resto mortal encontrado nos escombros do acidente com o Airbus 320 da TAM, próximo ao aeroporto de Congonhas."Isso não significa, exatamente, o número de vítimas, porque fragmentos podem ser do mesmo corpo", afirmou, em entrevista à Agência Brasil. "Dessa maneira, fica explicada a eventual discrepância entre o número resgatado e o número de registros no IML", afirma nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de são Paulo.Ao todo, 69 corpos foram necropiciados, 18 identificados e legitimados. Uma vítima, Silvânia Regina de Ávila Alves, foi identificada pela família, mas aguarda a conferência das digitais para formalizar a identificação.O capitão Nilton Miranda, do Corpo de Bombeiros, que coordena a operação de resgate das vítimas do acidente de ontem (17) com o Airbus A320 da TAM, informou há pouco que "até o momento já foram retirados 180 corpos do prédio da TAM Express."Nós entramos, fizemos a busca, verificamos os riscos e agora estamos mudando a estratégia, porque precisamos fazer entrar as máquinas para a remoção dos escombros e chegar até as vítimas", disse.O trabalho de resgate vem sendo feito por 84 bombeiros, informou, em três equipes que se revezam nas 24 horas do dia. O capitão disse ainda que "há risco de colapso – queda de paredes e lajes – no que restou do prédio" e que o trabalho continuará na madrugada.