Anac e Infraero terão que esclarecer condições de segurança em Congonhas

19/07/2007 - 16h36

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) serão intimados pelo juiz federal Clécio Braschi, da 8a Vara Cível de São Paulo, onde será julgada a ação civil pública que pede a interrupção das operações de pousos e decolagens no Aeroporto Internacional de Congonhas, para se manifestarem sobre o pedido de suspensão até que as condições de segurança sejam confirmadas por meio de perícias técnicas.Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal em São Paulo, o juiz decidiu ouvir a Anac e a Infraero antes de proferir a liminar. Os dois órgãos têm 72 horas para enviar as informações solicitadas pela Justiça, a partir do momento em que receberem a intimação, que já foi enviada. Caso a Anac e a Infraero não se manifestem, o juiz poderá decidir o que achar conveniente. A ação civil que pede a interdição do terminal foi protocolada ontem (18) pelo Ministério Público Federal. Segundo o procurador da República, Márcio Schusterschitz, que assinou o pedido junto com a procuradora da República Fernanda Taubemblatt, o MPF vem insistindo no fechamento de Congonhas desde as primeiras derrapagens ocorridas no ano passado. “O acúmulo de derrapagens levou o MPF a tomar a primeira iniciativa já emergencial naquela época, porque o aeroporto de Congonhas já se mostrava aberto a uma grande possibilidade de acidentes”.