Grevistas do Incra marcam nova reunião no Ministério do Planejamento

10/07/2007 - 11h03

Marcos Agostinho
Da Agência Brasil
Brasília - A primeira reunião de negociação entre representantes dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em greve há mais de 40 dias com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira, terminou sem acordo na noite de ontem (9). Nova reunião foi marcada para hoje (10), às 20h.Maria de Jesus Santana, integrante da direção da Confederação Nacional de Associações dos Servidores do Incra afirmou que a falta de propostas objetivas por parte do governo e a não definição de um grupo de trabalho para comandar negociações  são os principais pontos que impedem que se chegue a um ponto comum entre os dois lados.“No meu entender essa foi a principal causa do impasse na mesa, pois o governo não apresentou nenhuma proposta concreta, ele apresentou somente formas de negociação com as quais nós já estamos um pouco escaldados”.Ela afirmou que assim como o governo, a categoria espera pelo fim da greve, pois entende que esse processo é muito desgastante.“O problema é que as condições que o governo está dando para acabarmos com a greve não estão bem amarradas, são muito sem consistência. Então, o grupo de negociadores decidiu pegar uma pré-proposta com o governo, trazer para o comando de greve e para a categoria para que deliberemos e decidirmos hoje à noite”.Maria de Jesus também disse que os servidores não aceitam de forma nenhuma o corte de ponto, pois entende que a greve é um direito dos trabalhadores e não há como negociar em torno disso. Entre as reivindicações dos servidores do Incra estão a equiparação de salários com os das demais autarquias, o que significa uma elevação de 50% em seus salários, a estruturação do plano de carreira aprovado em 2005 e a abertura de concurso público. “A única sinalização do governo foi quanto ao reajuste, mas não disse nem quanto, nem quando nem como. O concurso público também parece que se mostraram a favor de realiza-lo”, disse Maria de Jesus Santana.A secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento informou que Duvanier Ferreira não irá se pronunciar sobre o caso.