Defensor de usinas no Rio Madeira diz que licença deveria incluir mais exigências

10/07/2007 - 19h17

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Apesar dese apoiar publicamente a construção das hidrelétricasJirau e Santo Antônio, o Comitê Pró-Usinas do RioMadeira, formado por 67 entidades de Rondônia, criticou olicenciamento prévio concedido pelo Instituto Brasileiro doMeio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Orepresentante do Comitê, Jorge Luiz da Silva Alves, disse queas exigências impostas na licença prévia sãotímidas e que a entidade vai tentar incluir maispontos a serem cumpridos pelos empreendedores. “Nós somosparceiros, brigamos muito pela licença, mas dizer que éparceiro não significa ser solidário com tudo”,afirmou, em entrevista à Agência Brasil.Ele disse que as exigênciascolocadas pelo Ibama tratam principalmente da parte ambiental,deixando de lado os impactos sociais da obra. “Só sepreocuparam com peixes e tartarugas, e esqueceram a parte social. Temque se preocupar também com o homem que vive aqui e com apopulação que vai se sacrificar para que todos osbrasileiros sejam beneficiados”, argumenta Alves.O comitê quer exigir, porexemplo, a garantia da sobrevivência econômica dascomunidades ribeirinhas que poderão ser deslocadas em funçãoda obra. Entre as 33 condições determinadaspelo Ibama, estão: a apresentaçãode programas e projetos que compatibilizem a oferta e a demanda deserviços públicos, considerando o aumento populacionalprevisto; a apresentação de medidas para atenderfamílias afetadas pelos empreendimentos; e o apoio aassentamentos de reforma agrária, agricultores familiares ecomunidades ribeirinhas.Alves disse também que umaparte das condições colocadas pelo Ibama jáhavia sido apresentada pelo Comitê Pró-Usinas do RioMadeira.