Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Períciarealizada pela Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária(Infraero) mostrou que a contratação do softwareAdvantage Plus, da empresa FS3, usado para aveiculação de mídia nos aeroportos, foi feitade maneira irregular.Ainformação foi dada pelo auditor da Infraero Fernando Silva, emdepoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo do Senado,confirmando as afirmações que haviam sido feitas pelaempresária paranaense Sílvia Pfeiffer aos parlamentares em 21 de junho.O auditorafirmou que a contratação da empresa SS3 para fornecero programa foi “válida de nulidade”, por que a empresa foiconstituída formalmente durante o processo de contratação.Silvadisse que há indícios de “carta marcada”, porquedurante a auditoria foi constatado que havia outros programassimilares no mercado, ao contrário do que argumentaram naépoca os responsáveis pela contratação,Fernando Brendaglia e Mariângela Russo.SegundoSilva, a licença de comercialização do programapertence a uma empresa do Reino Unido, que logo depois de iniciada aauditoria retirou o site do ar. O mesmo aconteceu com o siteque hospedava o programa no Brasil.OAdvantage Plus tinha a função de mostrar àsempresas de publicidade os locais em que poderia ser incluídosanúncios nos aeroportos administrados pela Infraero.Atualmenteo contrato está suspenso, enquanto é investigado peloMinistério Público, pela Controladoria Geral da União, Advocacia Geral da Uniãoe pela Polícia Federal.