Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Trabalhos de 2,5 mil artesãos de25 estados brasileiros e 17 países, incluindo Índia, Síria, Itália e Líbano,estarão sendo apresentados até a próxima sexta-feira (15), numa área de 20 mil metrosquadrados, do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Eles participam da 8ªedição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fneart), promovida pelogoverno estadual em parceria com o ministério do Turismo.Ao abrir o evento ontem (6), o governador Eduardo Camposafirmou que a exposição representa a força da cultura popular não só dePernambuco, mas de todo o Brasil. Ele disse que o governo federal tem umprojeto semelhante ao que o Uruguai já faz, para certificar o artesanatonacional, com objetivo de interiorizar a rota turística. Os principais atrativos que fazem o turista viajar para o interior são a cultura e o artesanato, por essa razão éimportante realizar o cadastramento dos artesãos”, destacou.O superintendente de negócios da CaixaEconômica Federal, Alex Norat, afirmou que a Fneart é uma maneira de incentivar o artesanato como atividade geradorade emprego, renda, que contribui para o contexto econômico do estado.“Consideramos que o artesanato pode ser uma forma de inclusão social, garantindo asfamílias a geração de renda para umavida digna”, disse ele.Este ano, detentos de 17 unidades prisionais de Pernambuco estão apresentando trabalhosartesanais na Fneart. O secretário de ressocialização, coronel Humberto Viana explicou que a inciativa tem importância fundamental para da população carcerária. "Essa atividade dá ao preso a oportunidade de melhorar a renda, diminuir a pena e ampliar a convivência social", justificou.Segundo Jenner Guimarães, presidente da Agência de Desenvolvimento dePernambuco, AD Diper, uma das instituições organizadoras da feira, aexpectativa é a de movimentar R$ 18 milhões com a venda de produtos e atrair umpublico de 200 mil pessoas. Ele disse que a idéia é contribuir para ampliar ainclusão, na economia, da cadeia produtiva do artesanato por meio da aproximação entre artesãos econsumidores.Guimarães informou que uma das novidades do evento é uma maloca indígena montada em uma áreaestratégica, com apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai). “A idéia é a deque seis etnias do estado possam mostrar o artesanato produzido dentro dasaldeias. Há também a galeria de reciclados, onde 60 artistas estarão expondosuas peças com objetivo de criar uma cultura de reaproveitamento o chamadoconsumo consciente”, explicou.Além dos estandes com produtos da cultura popular a programação da feirainclui shows com orquestras de frevo, apresentações de grupos folclóricos, a exemplo do balé popular doRecife, oficinas e escola de artes para crianças.