Mylena Fiori
Enviada especial
Nova Delhi (Índia) - Brasil e Índiaainda não descobriram nem 10% de seu potencial de negócios.A estimativa foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula daSilva em seminário com empresários brasileiros eindianos sobre oportunidades de negócios nos dois países.A diversificaçãoda pauta de comércio dois países é consideradafundamental para o alcance da ambiciosa meta fixada pelos governosbrasileiro e indiano, de quadriplicar a corrente bilateral decomércio até 2010. “Ela é perfeitamente viávelse trabalharmos para realizar o pleno potencial de nossas economias.Para isso, é indispensável diversificar nossa pautabilateral, ainda muito restrita a produtos de menor valor agregado”,avaliou Lula no encerramento do encontro, na tarde desta terça-feira (4). Atualmente, a correntebilateral de comércio está em US$ 2,41 bilhões.O óleo diesel responde por 49% de nossas compras na Índia,enquanto nossas exportações para o país concentram-se em óleos brutos de petróleoe sulfetos de minério de cobre - estes itens representam 36%de nossa pauta. Para atrair osindianos, Lula falou sobre as perspectivas de negócios que seabrem com as parcerias público-privadas e com os US$ 250bilhões previstos pelo Programa de Aceleração doCrescimento para investimentos em infra-estrutura até 2010.Também usou como chamariz as “perspectivas promissoras”que se abrem no Brasil, para empresas indianas, com o processo deintegração física e energética da Américado Sul. E sugeriu que o Brasil seja utilizado como plataforma paranegócios com os parceiros do Mercosul. “O Brasil ofereceacesso privilegiado para um Mercosul de 250 milhões dehabitantes e um PIB de mais de US$ 1,5 trilhão”, destacou.