Agricultura no semi-árido pode ficar inviável com aquecimento global, afirma especialista

04/06/2007 - 17h54

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - A agricultura familiar, que ainda é a base da economia local em muitas regiões do semi-árido nordestino, pode se inviabilizar com o processo de aquecimento global, segundo avaliação do consultor do Banco MundialAntônio Rocha Magalhães. O técnico alertou que, no semi-árido, o aquecimento resultarána redução de chuvas, gerando mais áreas desérticas.  “Isso é extremamente preocupante porque significaque a base de suporte para a vida nessa região vai diminuir,  o que poderá tornar a agricultura umaatividade inviável de praticar”, disse ele, durante palestra que marcou o início da Semana do Meio Ambiente em Pernambuco. O BancoMundial, segundo Magalhães, está montando umaestratégia para investimentos voltados ao combate ao aquecimento global. Ele afirmou ainda que o programa brasileiro de biocombustíveis é uma forma de enfrentar as causas das mudanças climáticas.

Para o secretário estadual deCiência e Tecnologia de Pernambuco, Aristides Monteiro, as ações de governo nosentido de reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa  só terão sucesso a partir da mobilização dacomunidade científica, empresariado e organizações da sociedade civil.

Eledisse que já existem impactos negativos nos ecossistemas do estado, por causado aquecimento global. Segundo o secretário, o governo de Pernambucovai começar a colocar em prática este ano um plano estratégico ambiental,elaborado recentemente, que tem como meta promover a conservação e recuperaçãodo meio ambiente, com medidas de proteção dabiodiversidade em ecossistemas costeiros, da zona da mata, agreste e sertão.