Alencar volta a defender redução na taxa básica de juros

16/05/2007 - 22h03

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente da República, José Alencar, voltou a defender, hoje (16), redução na taxa básica de juros, para que ela chegue a padrão internacional. "A economia vai bem, de um lado, e é preocupante, de outro. Porque o câmbio, quando desfavorece as exportações, traz resultados difíceis para as empresas, especialmente aquelas que trabalham com exportações de produtos com maior valor agregado", disse. E acrescentou que o câmbio flutuante "está correto, o que não está correto é a taxa básica de juros".Segundo Alencar, a taxa "é muito alta e tem que ser de padrão internacional, porque o Brasil não é um país inferior, é superior e as condições exigem que os juros urgentemente caiam a um padrão internacional". Ele argumentou: "Se você pegar a média de 40 países que também adotam juros como instrumento de política monetária, a taxa básica real é de 2% e alguns trabalham com taxa negativa". O vice-presidente, que compareceu ao lançamento de livro sobre a vida de Pedro Aleixo, no Salão Nobre da Câmara, disse ainda que mesmo se a taxa de juros fosse negativa, não faltariam recursos para financiar a dívida. "Gastamos muito com a rubrica dos juros que rolam a dívida. O equilíbrio orçamentário fica prejudicado, porque o déficit que ainda resta é grande. O que está errado é a taxa de juros e é preciso corrigir o que está errado", afirmou. Ministro da Educaçãoentre janeiro e julho de 1966, o mineiro Pedro Aleixo foi eleito, pelo Congresso,vice-presidente da República na chapa do general Costa eSilva. Quando este se afastou da Presidência pormotivos de saúde em 1969, porém, Aleixo teve asua posse vetada pelo alto comando militar, que decidiu que o governopassaria ao controle de uma junta militar provisória. Ele morreu em Belo Horizonte, em 1975.