Tião Viana e Demóstenes Torres são indicados para comandar CPI no Senado

16/05/2007 - 19h07

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os senadores Tião Viana (PT-AC) e Demóstenes Torres (DEM-GO) foram indicados, respectivamente, para os cargos de presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, confirmou hoje (16) a líder do bloco de apoio ao governo (PT-PCdoB-PSB-PR) no Senado, Ideli Salvati (PT-SC).Segundo Ideli, não há possibilidade de este acordo entre governo e oposição ser rompido para excluir um representante da oposição da direção dos trabalhos da CPI. "Nós temos nos pautado, aqui no Senado, por construir acordos até porque a gente entende que é melhor um bom acordo do que meia briga", afirmou a senadora.Os membros da comissão, definidos ontem, vão se reunir amanhã para escolher o presidente e o relator. Ideli Salvati, como os demais líderes da base, querem evitar que um eventual recuo no acerto feito com a oposição prejudique a tramitação das matérias de interesse do governo que estão paradas no Senado.Ontem, cinco das 14 medidas provisórias que ainda obstruem a pauta de votação foram apreciadas e aprovadas por conta de um acordo fechado com as lideranças partidárias. Foi acertada para hoje a votação de outras três MPs. Várias delas dizem respeito ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).A líder do PT acrescentou que o acordo revela a busca de governo e oposição para que os trabalhos no Senado, tanto das CPIs (crise aérea e ONGs) quanto em plenário, não sejam prejudicados. "Isso tudo compõe a busca para encontrar o melhor caminho para que as coisas possam fluir", afirmou.Demóstenes Torres, por sua vez, ressaltou que a decisão dos líderes é de manter o foco naquilo que originou a CPI. Ou seja: a crise no setor aéreo, o acidente com o Boeing da Gol no ano passado e as denúncias de corrupção na Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero)."Na reunião, os governistas disseram que o senador Tião Viana, para presidir [a CPI], exigiu que essas condições fossem mantidas. E eu disse que o meu objetivo também é este", afirmou Torres, ao deixar o gabinete do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), onde ocorreu a reunião dos líderes.