Partidos só indicarão integrantes da CPI das ONGs em junho

16/05/2007 - 18h15

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários no Senadodecidiram fixar 5 de junho como data limite para indicar seus representantes na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI)que vai investigar a atuação de Organizações Não-Governamentais (ONGs)e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips). Orequerimento para a instalação da CPI das ONGs foi apresentado à MesaDiretora pelo senador Heráclito Fortes (DEM-PI), com o apoio de 77 dos81 senadores, antes do pedido de abertura da CPI da Crise Aérea. No entanto, os líderes partidários avaliaram, em reuniãorealizada ontem (15), no gabinete do presidente da Casa, Renan Calheiros,  que a investigação das causas da crise no setor aéreo eraprioritária.Adecisão dos líderes irritou o senador piauiense. No plenário, elecobrou explicações do líder do Democratas, José Agripino Maia (RN), e do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), dos motivos quelevaram os partidos a não apresentarem as indicações para a CPI dasONGs. Sem estas indicações nenhuma comissão parlamentar de inquéritopode ser instalada. Heráclito Fortes chegou a ameaçar obstruir a sessãode ontem caso não fosse tomada uma posição sobre ainstalação da comissão. Renan Calheiros então decidiu convocar uma reunião de líderespara hoje (16) para definir o prazo para que os líderes encaminhem à Mesa osnomes dos representantes da CPI das ONGs."Ontem os líderes entenderam que não era prioridade a indicação (dosnomes para a CPI das ONGs). Hoje, os líderes decidiram por 20 dias paraque sejam feitas as indicações", explicou o presidente do Senado. Calheirosnão teme que o trabalho simultâneo de duas CPIs comprometa asvotações da Casa. Na sua avaliação, o importante é que os trabalhos deambas não se transformem "em palco, o que prejudicaria ainda mais aimagem do parlamento".