Lucia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - Representantesde empresas privadas, cooperativas e produtores do Paranáreuniram-se hoje (14), em Curitiba, com o ministro da Agricultura,Reinhold Stephanes, para elaborar um pacto onde se comprometem atrabalhar em conjunto com os governos federal, estadual e municipal,no programa de erradicação da febre aftosa no estado. Segundoo presidente da Federação da Agricultura e Fundo deDesenvolvimento da Agropecuária do Estado, ÁgideMeneguete, o problema da sanidade animal e vegetal é de toda asociedade e de toda a cadeia produtiva. “É necessárioesse mutirão para que seja restabelecido o status de estadolivre de aftosa e de outras doenças. “Com a suspeita defebre aftosa, nos últimos dois anos o Paraná teve umprejuízo de cerca de R$ 2 bilhões, além da perdade credibilidade e mercado, o que é muito difícil deser recuperado”, advertiu Meneguete. Oministro Stephanes elogiou a iniciativa e afirmou que o esforçomerece aplausos, “está na direção correta, oParaná está fazendo o seu dever de casa”. Eleanunciou a liberação de R$ 6 milhões adicionaispara ajudar na prevenção da aftosa no Paraná.Segundo o ministro, sua pasta dispõe este ano para aplicar nocombate à aftosa cerca de R$ 41,5milhões, conforme prevê o Orçamento Geral daUnião.Segundoo ministro da Agricultura, a determinação do presidenteLuiz Inácio Lula da Silva é para dar prioridade aprojetos relacionados à sanidade animal e vegetal. Lembrou quehá várias prioridades na pasta, mas reafirmou que adefesa sanitária é a número um. "A questãoestá no topo da agenda", garantiu. Elelembrou que em menos de 50 dias já teve duas reuniõescom autoridades do Paraguai, Argentina e Bolívia para discutira integração dos procedimentos sanitários nasregiões de fronteira, como recomenda a OrganizaçãoInternacional de Saúde Animal (OIE).Oministro Stephanes disse aos representantes do setor privado que énecessário se conscientizar da importância de trêsações que são fundamentais: manutençãode barreiras bem estruturadas para evitar que a doença seespalhe, uma rede de vigilância forte para que, no caso de seconstatar a existência de algum foco, agir com rapidez, e emterceiro lugar uma boa estrutura para isolar rapidamente o foco ecombatê-lo. “Essas são as condições queos organismos internacionais sempre checam quando vamos fecharacordos”, lembrou.Oministro comentou a última medida adota pelo governo federal -a Medida Provisória 371, publicada nasemana passada -, que prevê a possibilidade da Uniãopagar sozinha a indenização de animais sacrificados porfebre aftosa, numa faixa de 150 quilômetros das fronteiras.“Muitas vezes o estado nãopossui recursos naquele momento e quando se constata a existênciade um foco as ações têm que acontecer com a maiorrapidez possível”, disse.