Recomendações da "Carta de Brasília" devem contribuir para a construção da nova rede pública de TV, diz ativista

14/05/2007 - 13h24

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As recomendações e propostas da "Carta de Brasília", divulgada no último dia do 1º Fórum Nacional de TVs Públicas, devem contribuir para a construção da nova rede pública de TV. A conclusão é de João Brant, da coordenação-executiva do Coletivo Intervozes, organização da sociedade civil que defende a democratização dos meios de comunicação."Ela [a carta] aponta, para que não só haja uma estruturação dessa rede, como Franklin [Franklin Martins, ministro de Comunicação Social] apontou, mas que também as TVs que já existem hoje, possam ganhar o espaço da TV aberta e possam ganhar condições reais de estruturação", afirmou Brant em entrevista ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.A "Carta de Brasília" recomenda que a nova rede pública organizada pelo governo federal deve ampliar e fortalecer, de maneira horizontal, as redes já existentes. Expressa ainda que a nova rede deve ser independente e autônoma em relação a governo e ao mercado, devendo seu financiamento ter origem em fontes múltiplas, com a participação significativa de orçamentos públicos e de fundos não-cotingenciáveis. Para Brant, a rede pública brasileira deve buscar construir um modelo próprio. "Temos que pegar os exemplos de cada lugar e construir um modelo próprio, aproveitando a experiência e também sabendo aproveitar nossa criatividade e nossa originalidade em solucionar problemas específicos do Brasil".Em relação à programação, a carta recomenda que a TV Pública deve contemplar a produção regional, fomentar a produção independente e se destacar pelo estímulo à produção de conteúdos digitais interativos e inovadores. O modelo estratégico para que a TV Pública realize bem sua missão é, segundo o documento, a multiprogramação.O 1º Fórum Nacional de TVs Públicas foi realizado da última terça-feira (8) última sexta-feira (11), em Brasília.