Gláucia Gomes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, conhecido como Bida, é o quarto acusado de participar do assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005. Ele começou a enfrentar o juri popular hoje (14) em Belém. Bida é dos acusados de ser o mandante do assassinato.Até agora, Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista foram condenados como executores a 27 e 17 anos de reclusão respectivamente. Amair Feijoli da Cunha foi condenado a 27 anos de reclusão, como intermediador do assassinato, acusado de contratar os pistoleiros.Regivaldo Pereira Galvão, fazendeiro conhecido como Taradão, também acusado de de mandante, aguarda julgamento de recursos para definição de júri popular. A missionária foi morta com seis tiros em Anapu, a 300 quilômetros da capital paraense. Ela trabalhava com a Pastoral da Terra e comandava o programa em uma área autorizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).A missionária trabalhou durante 30 anos em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e à exploração sustentável da floresta. O juiz Raimundo Moisés Alves Flexa, da 2ª Vara Penal da Comarca de Belém, é quem preside o julgamento, que deve para durar dois dias.