Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Doze famílias dedesaparecidos políticos doaram amostras de sangue hoje (7)para exame comparativo de DNA com oito ossadasencontradas na região do Araguaia, onde grupos contrários ao regime militar promoviam operações de resistência nos anos 60 e 70. A coleta foi feitaem Belo Horizonte, segundo informaçõesda Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH).As ossadas estãosob guarda da secretaria e da Comissão de Direitos Humanos eMinorias da Câmara dos Deputados, esperando identificação.Caso sejam identificadas, serão entregues para a família.Todas as amostras desangue coletadas farão parte de um banco de DNA de mortos edesaparecidos políticos, que está sendoelaborado pela Comissão de Mortos e Desaparecidos da SEDH e será usado para identificarossadas.Mais de 200 amostras já foram colhidas, de familiares das cidades deSão Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro. Parentes que quiserem fazer o mesmo devem procurar o laboratório Genomic Engenharia Molecular ou seus parceiros.As operações dos guerrilheiros ocorreram às margens do rio Araguaia, onde os estados de Goiás, Pará e Maranhão faziam fronteira na época - hoje, a região norte de Goiás corresponde ao Tocantins. Saiba mais.