CUT e setor de construção pedem mais emprego e investimento com PAC

07/05/2007 - 21h26

José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federal fez hoje (7) um balançodos primeiros meses do Programa de Aceleração doCrescimento (PAC), lançado no final de janeiro. O programa foicriado para dar impulso ao setor produtivo do país cominvestimentos previstos de R$ 504 bilhões em diversas áreas,como infra-estrutura, habitação e energia, para ospróximos quatro anos. O governo, em boletim divulgado hoje,avaliou o andamento do PAC, como positivo.Já opresidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT),Arthur Henrique da Silva Santos, assinalou que o programa do governoprecisa acrescentar algumas medidas para a criação deempregos formais, principalmente no setor da construçãocivil. “Este setor vai se beneficiar com os altos investimentos doPAC. Agora, é necessário também haver ascontrapartidas sociais, principalmente na geração deempregos com carteira assinada”, cobrou.Nessa mesma áreada construção civil, o presidente do Sindicatodas Empresas de Compra, Venda, Locação e Administraçãode Imóveis Residenciais e Comerciais (Secovi) deSão Paulo, Romeu Chap Chap, criticou a burocracia no setor.Para ele, o PAC está “encrencado” devido àburocracia nos ministérios e na Caixa Econômica Federal(CEF). Chap Chap também critica a falta de novos projetos naárea de habitação popular, que tem carêncianacional de oito milhões de moradias. “Eles (órgãosgovernamentais) criam todo tipo de dificuldade. A coisa estáencrencada”, pontuou.Mas alguns representantes da sociedadecivil, como o presidente da Força Sindical, deputado PauloFerreira da Silva (PDT-SP), e o vice-presidente da Companhia Nacionaldos Transportes (CNT), Nilton Gibson, também considerarampositivo o primeiro balanço do PAC. “O programa estáindo bem. Nesses três meses já conseguimos aprovarvárias medidas importantes no Congresso Nacional”, frisou opresidente da Força. Gibson se disse otimista com o futuro doPAC, sublinhando que todas as metas estão sendo cumpridas, “oque vai facilitar os investimentos do empresariado''.