Ministro anuncia para este ano leilões para concessão de rodovias federais

07/05/2007 - 19h28

Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, anunciou hoje (7) que os leilões para concessão dos sete lotes de trechos de rodovias federais serão realizados em 16 de outubro deste ano. Ao todo, as rodovias federais que vão à leilão somam 2.600 quilômetros. A Fernão-Dias (São Paulo-Belo Horizonte); a BR-101, no Rio de Janeiro, e a Régis Bittencourt (São Paulo -Curitiba) estão entre as estradas que serão administradas pelo setor privado. Desde janeiro, o processo havia sido paralisado para uma revisão por parte do Tribunal de Contas da União (TCU). Nascimento informou que desde então o ministério tem seguido as recomendações do tribunal e se concentrado em três aspectos: na reavaliação dos custos operacionais, na taxa interna de retorno e na modelagem do leilão. O trabalho deve ser concluído ainda esta semana e em seguida será submetido aos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Fazenda, Guido Mantega, e da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Nós estamos tomando todos os cuidados que a legislação estabelece e estamos otimistas com o trabalho que estamos fazendo". O ministro prevê que as tarifas dos pedágios nas rodovias vão diminuir graças ao fim do valor de outorga nos leilões, que era usado como critério desempate nas licitações. Ou seja, a empresa que pagasse mais ao Tesouro Nacional vencia a licitação. Agora, a empresa que oferecer as menores tarifas vencerá o leilão.“Tudo leva para uma redução de tarifas. Já que não tem outorga, para o empresário e para o investidor melhora. Que vai reduzir nós sabemos, e esse era o investimento que o empresário teria que fazer para ganhar a concessão, ele vai disputar a concessão num leilão oferecendo a menor tarifa dentro de determinadas condições que dêem segurança à execução da obra e qualidade da manutenção das rodovias", explicou o ministro. Nascimento defendeu que as principais vantagens na concessão de estradas para a iniciativa privada são a qualidade dos serviços e a possibilidade de investir em outros projetos rodoviários. “A partir do momento que o governo deixa de fazer investimentos em rodovias, que são economicamente viáveis, e são, portanto, possíveis de serem exploradas pela iniciativa privada, sobra dinheiro para que se faça investimentos naquelas rodovias que não têm viabilidade econômica e que têm a função de integração e de desenvolvimento do país”, argumentou.O ministro fez hoje um balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no setor de transportes. Alfredo Nascimento informou que apenas os portos e ferrovias “estão no sinal vermelho”. Os principais problemas, segundo ele, se referem à concessão de licenças ambientais e à desapropriação das terras. Ele ressaltou , porém, que as obras prevista no PAC são prioridade e que aqueles que estão fora do programa e que também são consideradas importantes poderão ser inseridas no PAC para que haja mais rapidez na sua execução.”O PAC tem um tratamento diferente. É mais fácil a liberação, tem dinheiro. O dinheiro é garantido, não tem atraso. A prioridade é colocar no PAC porque dá mais agilidade”, disse. "Já conseguimos empenhar 39% do que existia derestos a pagar e já empenhamos, desse novo orçamento, 29% . Aexpectativa é que nos próximos meses esse percentual cresça e lá naponta, finalmente, a gente possa oferecer obras definitivas para opaís”, afirmou Alfredo Nascimento.