Greenpeace denuncia utilização de estrada no Pará por madeireiros ilegais

07/05/2007 - 11h39

Clara Mousinho
Da Agência Brasil
Brasília - A organizaçãonão-governamental Greenpeace voltou a cobrar hoje (7) medidasdos governos federal e estadual para conter a retirada ilegal demadeira no Pará. De acordo com a entidade, a Estrada do Iriri,mais conhecida como Transiriri, está sendo intensamente usadapara o transporte criminoso de mogno.Com cerca de 200 km,a Transiriri começou a ser construída na década de60 para apoiar a atividade demineração no estado. “Saia no município de SãoFélix e atravessava o Rio Xingu indo em direçãoà Terra do Meio. Foi expandida principalmente pela indústriailegal de mogno, na década de 80”, explica o engenheiroflorestal do Greenpeace, Marcelo Marquezini, em entrevista àRádio Nacional da Amazônia.Segundo ele, em 2002,o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon)mapeou 20 mil quilômetros de estradas ilegais na Terra do Meio.A Transiriri já era apontada como um dos principais pontos deentrada para estradas ilegais. “Atrás dosmadeireiros vieram então os grileiros, se apossando de terras.Transformaram em fazendas e passaram a comercializar. Tambémpequenos agricultores aproveitaram a estrada para conseguir o seupedacinho de terra.”O engenheiro florestal do Greenpeacereivindica ainda a reabertura da base operativa do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) naregião do Xingu. “É interessante que no no PlanoNacional de Combate ao Desmatamento, o governo colocou no Xingu umabase operativa do Ibama. Ela funcionava esporadicamente e hoje estáfechada.”