Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, reafirmou na manhã de hoje (7) a expectativa de que as Forças Armadas cheguem ao estado “o mais rápido possível”. Segundo ele, o plano que define a atuação das tropas no Rio está sendo apresentado hoje pelo secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Correa, durante uma reunião, em Brasília, com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e com os três chefes militares.Há um mês, o governador entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um pedido de envio das tropas para reforçar a segurança no estado. Segundo o governador, o plano, que já foi aprovado pelo Ministério da Justiça, detalha três itens principais: o apoio material, incluindo armas e viaturas; o policiamento ostensivo em torno das unidades militares; e a presença de militares em entroncamentos rodoviários e áreas estratégicas, definidas pela cúpula da segurança.“Isso vai dar apoio fundamental para o dia-a-dia das polícias civil e militar. É um plano muito bem fundamentado”, defendeu Cabral, durante missa celebrada no Corcovado em comemoração aos 199 anos da Polícia Civil do estado. De acordo com o governador do Rio de Janeiro, ainda não há data para a chegada do reforço. Ele espera que essa definição seja acertada durante a reunião de hoje.Em relação à operação da Polícia Militar no Complexo do Alemão, zona norte carioca, que já dura quase uma semana, o governador disse que não há outra forma de combater os criminosos. A operação, que até agora deixou pelo menos 28 feridos e quatro mortos, de acordo com informações das secretarias estadual e municipal de Saúde, foi montada com o objetivo de prender suspeitos de terem matado dois policiais na semana passada.“O trabalho de informação e de inteligência está sendo feito permanentemente, mas chega uma hora que o confronto é inexorável”, afirmou Cabral. O secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, que também participou da cerimônia, disse que considera expressivo o número de mortos e feridos em função desses confrontos e, embora lamente, afirmou que a maioria das vítimas foi atingida por estilhaços de granadas, que não são utilizadas pela polícia.