Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) vão se reunir hoje (24), na sede da instituição em Brasília, com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Este será o primeiro encontro da organização com o novo ministro e tem o objetivo de aproximar o setor do governo federal.
“A idéia é mostrar que o órgão está à disposição do governo para ajudar na construção de políticas públicas que apóiem, implementem e fomentem o cooperativismo no Brasil”, disse o presidente do sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Segundo ele, o Brasil precisa regulamentar o ato cooperativo, que definirá as relações de trabalho entre as cooperativas e os funcionários.
O cooperativismo no Brasil é responsável por cerca de 40% do agronegócio brasileiro, de acordo com a OCB. O setor agropecuário tem mais de 1.000 cooperativas e cerca de 120 mil funcionários.
Durante o encontro com o ministro da agricultura, a OCB deverá firmar acordo com a Confederação das Associações de Camponeses e Cooperativas Agropecuárias de Angola (Unaca). Com a parceria, o objetivo é trocar experiências e incentivar a formação de especialistas em cooperativismo.
“O Brasil, apesar de não ter o cooperativismo tão implementado como em outros países da Europa, pode servir de modelo para países da África como Angola. Vamos abrir canais de intercâmbio com esses país para ajudá-lo a se desenvolver, além de conhecer experiências de outros lugares”, explicou Freitas.
No encontro também será lançada a publicação Evolução do Cooperativismo no Brasil. A obra é do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), ligado ao Ministério da Agricultura.
As cooperativas são associações autônomas, formadas por pessoas que se organizam para oferecer um tipo de serviço comum. Nesse modelo, o funcionário participa tanto da gestão do negócio quanto do desenvolvimento das atividades.