Presidente da AMB diz que não é possível existir no país a cultura da intocabilidade

24/04/2007 - 15h50

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente daAssociação dos Magistrados Brasileiros (AMB), RodrigoColaço, disse em entrevista em um intervalo da sessãodo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que não émotivo para preocupação o fato de o Supremo TribunalFederal (STF) não tomar uma atitude imediata em relaçãoaos envolvidos na Operação Furacão, da PolíciaFederal, que têm foro especial. “Mesmo que o Supremo sejalento na largada, sua decisão em em torno dos acusados serádefinitiva, pois não cabe recurso”, lembrou. Segundo Colaço, oJudiciário não pode aceitar a corrupção“parta de quem partir, seja nos seus quadros ou na política.Não é possível haver no país a cultura da intocabilidade”.  Ele disse que a prisãotemporária dos acusados serviu para o colhimento de provas e aqualquer tempo, se houver interferência destes nas provas, oSupremo poderá decidir novamente pelas prisões.