Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A prefeitura de São Paulo interditou hoje (24) mais 14 bingos que funcionavam ilegalmente na cidade. Segundo balanço divulgado há pouco pela assessoria de imprensa da prefeitura, 91 casas de jogos já foram interditadas e duas outras não puderam ser lacradas hoje por terem apresentado liminares que permitem o funcionamento. Dos estabelecimentos fechados hoje, quatro foram lacrados pela subprefeitura da Vila Mariana. Outras seis casas de vídeo-bingo, pela de Vila Prudente. De acordo com nota divulgada pela prefeitura, "ao todo foram fiscalizados 11 estabelecimentos [na Vila Prudente], dos quais cinco já estavam com as portas fechadas no momento da vistoria”. As subprefeituras de Santo Amaro e de Perus fecharam um bingo cada uma, e a da Capela do Socorro, outros dois. Segundo essa subprefeitura, outros cinco bingos continuam funcionando na região, mas devem ser alvo de ações nos próximos dias. Em nota à imprensa, a assessoria informou que dos 91 estabelecimentos já interditados, 45 têm liminares, 18 estão em processo de fechamento administrativo e outros “estão em situações diversas, como respaldo em mandados de segurança”. A Prefeitura estima que haja 180 casas de bingos na capital. A nota informa ainda que as ações de fechamento começaram a ser realizadas no dia 19, “após publicação do Decreto Municipal 47.415, de 2006, que não permite a instalação de bingos na cidade”. Para o funcionamento do bingo, acrescenta a nota, “é preciso apresentar uma liminar contra a prefeitura”. A fiscalização é feita por cada uma das 31 subprefeituras da cidade. Em 2004, medida provisória considerou o bingo uma atividade ilegal no país e ainda de acordo com a nota, "a partir daí os estabelecimentos buscaram amparo legal, através de liminares na Justiça, contra a decisão federal”. Ontem (23), em outra nota, a prefeitura afirmou que “cerca de 30 dos mais de 160 estabelecimentos de que a Prefeitura dá conta possuem liminares específicas contra a decisão municipal”, mas a Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos (SNJ) “mantém uma rotina permanente, entrando com recursos na Justiça para derrubar cada uma destas liminares”.