Daniel Merli
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A educadora Vera Masagão Ribeiro é responsável por acompanhar os programas implementados pela organização da sociedade civil Ação Educativa. Alguns deles, feitos em parceria com governos, como uma publicação para o programa Brasil Alfabetizado. Apesar da posição que ocupa, ela é favorável à redução do trabalho de organizações não-governamentais (ONGs) no Brasil Alfabetizado."Acho correto o aumento de participação de prefeituras e municípios no Brasil Alfabetizado", diz Masagão. A medida faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), anunciado hoje (24) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. Pelo novo programa, o Brasil Alfabetizado vai priorizar professores da rede pública e não as ONGs."Do jeito que estava, a maioria das ações era feita por ONGs de grande porte", afirma. Segundo ela, as ONGs deveriam participar apenas no suporte da formação de professores ou em casos muito específicos, "como em áreas afastadas e assentamentos".Após o aumento de participação do Estado no programa, Vera Masagão acredita que é preciso articular as ações de estados, municípios e ONGs. O programa, segundo ela, estava sofrendo com "duplicação de tarefas do governo e ONGs", segundo Vera Masagão.