Gravações da Polícia Federal serão usadas para investigar matadores em Pernambuco

24/04/2007 - 0h08

Marcia Wonghon
Repórter da Agência Brasil
Recife - Uma força tarefa da Polícia Civil de Pernambuco inicia hoje (24), em Caruaru (PE), reuniões para definir o método de investigação dos mais de mil homicídiosocorridos nos últimos cinco anos no Agreste do estado. Os crimes eram encomendados a um grupo de extermínio formado por assassinos profissionais, empresários, policiaismilitares e comerciantes por preços que chegavam a R$ 5 mil.Vintee nove envolvidos permanecem presos na capital pernambucana desde o último dia12, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Aveloz. No entanto, outraspessoas suspeitas ainda estão sendo procuradas.De acordo com o delegado Joel Venâncio, do Departamento de Homicídios eProteção a Pessoa, os primeiros casos investigados estarãorelacionados às escutas telefônicas da quadrilha, realizadas pela Polícia Federal com autorização da Justiça. Foram gravados 900 minutos de ligações telefônicas durante asinvestigações, que tiveram início em janeiro.A cada 30 dias seráelaborado um relatório, informando o andamento das investigações. “Vamos contarcom apoio de juízes e promotores de Caruaru para que possamos fazer umesforço  no sentido de concluir osinquéritos abertos nas delegacias da região, onde o grupo é apontado como autorde homicídios”, disse Venâncio.A força tarefa é composta por três delegadosdos municípios de Timbaúba, Bom Jardim e Palmerina, além de três escrivãs enove agentes. As reuniões serão realizadas na sede da Delegacia Regional deCaruaru e no Ministério Público.