Governadora do Rio Grande do Sul quer aval do Tesouro para reestruturar dívida

24/04/2007 - 17h10

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Agovernadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, pediu hoje (24) aoministro da Fazenda, Guido Mantega, aval para negociarcom o Banco Mundial (Bird) a reestruturação da dívida do estado. De acordo com agovernadora, existe a possibilidade de o Banco Mundial comprar a dívidado Rio Grande do Sul em condições melhores que as atuais. De acordo com a governadora, a dívida do estado soma hoje R$ 33 bilhões, o que corresponde a duas vezes emeia o valor da receita, e o governo consome 18% da suaarrecadação com o pagamento dos juros e administração da dívida. Com anegociação junto ao Bird, segundo Yeda Crusius, a dívida atual, mais cara, seria trocada poruma dívida mais barata. Paraconcretizar a operação, o governo do estado precisa do aval do TesouroNacional. A governadora comentou, ao deixar a reunião com Mantega, quea negociação beneficiaria a União, porque em contrapartida o estadopromete melhorar os indicadores macroeconômicos, o que acabariacontribuiria para a melhora nos indicadores do setor públicoconsolidado, beneficiando o governo federal. "Osproblemas fiscais do Rio Grande do Sul são os piores em todos osindicadores. Somos o que tem a maior dívida por receita; osinvestimentos são baixos e a receita, por causa das desonerações, émuito pequena", explicou a governadora. Ela citou ainda a proporção entrea folha de pagamentos e a receita líquida, que hoje chega a 72%. Tantoneste indicador quanto na relação entre a dívida e a receita, o estadofere a Lei de Responsabilidade Fiscal. No caso da folha, a LRF limitaos gastos do estado com pessoal a 60% e, no caso da dívida, a leipermite que a dívida chegue até, no máximo, duas vezes o valor dareceita.