Brasil e Chile estão juntos no Haiti, G 20 e outras agendas internacionais

24/04/2007 - 13h14

Mylena Fiori
Enviada especial
Santiago (Chile) - A aproximaçãoentre Brasil e Chile - para onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca amanhã - não se dá apenas em temas deinteresse bilateral. Os dois países também atuamem conjunto nas agendas regional e global, mantendocooperação na tentativa de estabilizar o Haiti e na iniciativa global “Ação contra a Fomee a Pobreza”, lançada por Brasil, Chile eFrança em janeiro de 2004.Ainda no âmbitodas Nações Unidas, os três países mais aNoruega lançaram, em 2006, a Central Internacional para aCompra de Medicamentos (Cicom), para reduzir custos efacilitar o acesso a medicamentos contra aids, malária etuberculose nos países em desenvolvimento. Brasil e Chiledefendem a reforma das Nações Unidas e o governochileno apóia a aspiração brasileira de umassento permanente no Conselho de Segurança.Os dois paísestambém estão juntos no G 20, grupo de países emdesenvolvimento liderado por Brasil e Índia que negocia, noâmbito da Organização Mundial do Comércio(OMC), mudança nas regras para o comércio internacional. Na esfera regional, participam ativamente da construção daComunidade Sul-Americana de Nações (Casa), recentementerebatizada de União de Nações Sul-Americanas(Unasul). O Chile também é Estado Associado doMercosul - os membros plenos são Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.Esta será aterceira visita de Lula aoChile desde que assumiu a Presidência. A primeira foi em 2004 e a segunda em 2006, na posse da presidente MichelleBachelet. Um mês depois, Bachelet foi ao Brasil. Os dois países avançaram noprocesso de aproximação com o lançamento dachamada “Aliança Renovada”, baseada em valores, interessese objetivos compartilhados nos planos bilateral, regional emultilateral.Nestas ocasiões, foram assinados vários protocolos de intenção, em áreas como meio-ambiente, energia e mineração. Também foram definidas regras para os brasileiros interessados em viver no Chile evice-versa, a fim de solucionar situações ilegais e facilitar o trânsitode pessoas. Os países decidiram, ainda, criar um Grupo de ExpansãoDinâmica do Comércio, coordenado pelas chancelarias.