Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segundasemana de janeiro ficou em 0,83%, ligeiramente inferior à taxa registrada nasemana anterior, de 0,86%. Cinco das sete classes de despesas das famílias comrenda mensal até 33 salários mínimos apresentaram recuo em suas taxas devariação, conforme divulgou hoje (16) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).O grupo Transportes, que passou de 2,93% para 1,98%, foi oque mais influenciou na composição da taxa. Segundo o coordenador da pesquisa,André Braz, nesta segunda semana de janeiro já não houve mais o efeito dosreajustes das passagens de ônibus urbanos ocorridos em dezembro. “Os aumentosforam significativos em duas capitais de peso, como Rio de Janeiro e São Paulo,mas os efeitos foram captados até dezembro e agora só há resíduos”, explicou.O grupo Alimentação foi o que registrou a maior alta depreços, de 0,78% para 1,23%, pela segunda semana consecutiva. Os preços dashortaliças e dos legumes foram os que mais subiram - de 2,08% para 5,67% -, esegundo André Braz o clima foi o maior responsável pelos aumentos.“A chuva ou o calor intenso são dois fatores que sempreinfluenciaram os preços das hortaliças e legumes no mês de janeiro, e neste anoa situação se complicou um pouco mais porque a chuva está atingindo o Sudeste,onde há uma grande concentração da produção desses itens e, conseqüentemente,prejudicando o escoamento na região”, disse, lembrando, porém, que se compararcom outros anos, o efeito da chuva agora no início de 2007 não é dos maiselevados. Braz acredita, no entanto, que com a estiagem da chuva no Sudeste ospreços dos produtos in natura deixarão de ser pressionados.