Consumidores têm na economia solidária alternativa para compras de Natal

23/12/2006 - 13h11

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - No período de Natal, uma alternativamais barata e criativa para presentear é a 3ª Feira de EconomiaSolidária do Distrito Federal e Entorno. Nos últimos três dias, cercade 5 mil pessoas passaram diariamente pela feira, que este ano foimontada em Taguatinga, cidade-satélite que fica a 25 quilômetros deBrasília.

Durante três dias (de 21 a23 de dezembro), os expositores comercializaram trabalhos na área deartesanato, confecção, bijuterias, doces e biscoitos caseiros. Apopulação também pode conferir apresentações culturais e oficinasgratuitas para a confecção de sabonetes, grafite, biscuit, puff degarrafas pet e bonecos de látex.

Muito maisdo que um simples comércio de produtos, a feira também é uma maneiraencontrada pelo povo para enfrentar problemas como o desemprego e abaixa renda. Quem não tem dinheiro, por exemplo, pode adquirirpresentes de Natal fazendo a troca de produtos. 

O secretário executivo do Fórum Regional deEconomia Solidária do DF e Entorno, Paulo Henrique de Moraes, explicaque o objetivo maior da feira não é arrecadar dinheiro, masprincipalmente mostrar que existem alternativas viáveis, como aeconomia solidária.

“É dada aqui aoportunidade das pessoas de conhecerem que é possível construir umaoutra economia, que é a economia solidária, através da troca, dasensibilidade, da rodada de negócios que é feita diretamente com aspessoas, ou seja, construir relações diferentes que as do mercadoformal”, afirma.

Segundo Paulo Moraes, afeira surgiu com o Movimento de Economia Solidária, formado porOrganizações Não-Governamentais, que cuidam da parte de assessoria,pelos empreendimentos (cooperativas, associações, grupos formais einformais) e por gestores públicos. “É uma forma de poder darvisibilidade à comercialização e intensificar a parte de formalizaçãoda comunidade no que é economia solidária”.