Polícia Federal ouve última testemunha da negociação de dossiê contra tucanos

14/12/2006 - 17h14

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O delegado responsável pelas investigações sobre a origem do dinheiro que seria usado para a compra de um dossiê contra políticos do PSDB, Diógenes Curado filho,  concluiu mais uma fase de depoimentos na sede da Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Foram mais seis testeminhas ouvidas. Segundo nota divulgada pelo próprio delegado, os depoimentos serão analisados em Cuiabá para que seja elaborado o relatório final que será entregue ao juiz da 2ª Vara da Justiça Federal no próximo dia 22.Na manhã de hoje (14), foi ouvido o gerente administrativo da corretora Pionner, cujo nome não foi divulgado. Segundo a nota da PF, ele esclareceu algumas dúvidas quanto à movimentação de dólares que estariam envolvidos na negociação. Na tarde de ontem, foi ouvido o tesoureiro da empresa Transbank Segurança e Transporte de Valores, Claudio Cardilli, que prestou informações sobre as notas de reais apreendidas. Pelo depoimento. segundo a informação da PF, não foi possível determinar em qual agência ou banco o dinheiro foi sacado, mas foi constatado que o valor não seria destinado à incineração.Ontem também foram ouvidos o coordenador financeiro da campanha de Aloízio Mercadante ao governo do estado de São Paulo, José Giácomo Bacarin, o presidente e o tesoureiro do diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em São Paulo, Paulo Frateschi e Antonio dos Santos, além do presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), João Vaccari Neto.“Todos negaram qualquer envolvimento com o dinheiro apreendido pela Polícia Federal em poder de Gedimar Passos e Valdebran Padilha, no Hotel Íbis Congonhas, em 15 de setembro de 200”, diz a nota.