Ministro diz que Polícia Federal deu salto qualitativo nos últimos quatro anos

14/12/2006 - 14h59

Juliana Andrade
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ao fazer um balanço da atuação da Polícia Federal nosúltimos quatro anos, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou que oórgão deu um salto qualitativo. O ministro disse acreditar que a eficiência e aimpessoalidade com que a PF desempenhou suas funções atingirão um “patamarainda melhor” no próximo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.“Hoje ela é um instrumento ágil, austero, que tem condiçõesde enfrentar o crime em todas as frentes. Acho que isso vai continuar nopróximo governo do presidente Lula, ele já me declarou isso. O próximo governovai investir mais ainda na Polícia Federal de modo que ela seja esseinstrumento de dissuasão da criminalidade”, disse Bastos, no programa BomDia Ministro, na Rádio Nacional AM. De acordo com Bastos, desde o início de 2003 foramrealizadas 320 operações de grande porte no combate ao crime organizado. Oresultado, disse, é reflexo de mais recursos para a PF - neste período foraminvestidos R$ 2 bilhões no órgão –, do uso de inteligência policial nasinvestigações e de contratação de pessoal, entre outros fatores.“Nossa idéia é que a Polícia Federal se torne assim, como eudisse no meu discurso de posse há quatro anos, um FBI brasileiro. Uma políciade ponta, uma polícia que não tem medo de cortar na própria carne, uma políciaque se depurou e por isso teve esse grande êxito”, afirmou.O ministro voltou a destacar que a independência é umacaracterística da atuação da PF. “A Polícia Federal não persegue não protege,não é do governo, não é contra a oposição. A Polícia Federal é um órgão daRepública, é um órgão do Estado, da Nação”.De acordo com o ministro, outro avanço que permite o combatemais eficaz e ágil à criminalidade foi a reforma do Judiciário, após 12 anos detramitação no Congresso Nacional, que dentre os pontos fundamentais deuautonomia às Defensorias Públicas nos estados e criou os Conselhos Nacional deJustiça (CNJ) e Nacional do Ministério Público (CNMP).No programa, produzido pela Secretaria de Imprensa e Porta-Vozda Presidência da República, Bastos também defendeu a aprovação de mudançasinfraconstitucionais para acelerar os processos judiciais. Segundo ele, em 2004o governo federal enviou 26 projetos relativos a processos civil, penal etrabalhista. Desses, oito foram aprovados e os demais devem ser votados no anoque vem, segundo expectativa do ministro.