Thaís Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A produção de riquezas econômicas (bens e serviços) continua concentrada no Brasil. Em 2004, apenas dez municípios eram responsáveis por 25% do Produto Interno Bruto (soma de tudo o que é economicamente produzido em um país). Os outros 5.550 municípios brasileiros respondiam pelo resto da fatia.Dados divulgados hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que pouco mudou em cinco anos. Em 1999, os mesmo 25% eram produzidos por sete municípios. O estudo aponta ainda que, em 2004, 68 municípios produziam metade de toda a riqueza do território nacional, enquanto 1.295 municípios respondiam por 1% do PIB. Em 1999, com 61 municípios chegava-se a 50% do PIB.Os municípios que mais se destacaram na economia nacional, tendo apresentado maior ganho percentual no período analisado, foram os ligados ao setor industrial, principalmente à extração e refino de petróleo ou produção de gás natural, com exceção de Brasília, onde o ganho foi puxado pelo setor de serviços.Esses municípios são: Campos dos Goytacazes (RJ) (0,8%), Macaé(RJ) (0,8%), Manaus (AM) (0,4%), Camaçari (BA) (0,3%), Paulínia (SP)(0,2%), Duque de Caxias (RJ) (0,2%), Brasília (DF) (0,2%), São Francisco do Conde (BA) (0,1%) e Betim (MG) (0,1%). Por outro lado, os municípios que mais perderam participação foram São Paulo (SP) (-2,5%), Rio de Janeiro (RJ) (-1,4%), Porto Alegre (RS) (-0,2%), Curitiba (PR) (-0,2%) e Salvador (BA) (-0,2%).O IBGE também revelou que as capitais reduziram sua participação na soma do PIB entre os anos analisados. Em 1999, esses municípios detinham 31,9% do PIB nacional, passando para 27,9% em 2004. Em movimento inverso, elevaram sua contribuição as outras cidades dentro das regiões metropolitanas (passaram de 22,1% para 22,7%) e aquelas que ficam fora dos grandes centros urbanos (de 46% para 49,4%).